Autor de novelas diz que “religião é nociva para a humanidade”
O autor de novela Lauro Cesar Muniz, revelou, em uma entrevista a TV Cultura, que para ele, a “religião é nociva para a humanidade”. O novelista que foi membro do Partido Comunista e agora acaba de renovar mais cinco anos de contrato com a TV Record, deu as declarações no programa Provocações, levado ao ar na terça-feira pela emissora paulista. O autor de sucessos da televisão como “O Salvador da Pátria” e “Roda de Fogo”, entre outros sucessos foi entrevistado pelo apresentador Antônio Abujamra que começo a atração na melhor das provocações, que é a sua característica mais aguda, e pergunta: “O que faz mais mal para a humanidade: a religião, os bancos, os meios de comunicação ou o governo?”. E Lauro não titubeia: “A religião é o que faz mais mal para a humanidade. Enquanto instituição, a religião traz os elementos mais nocivos. Historicamente, foi o que mais corroeu a humanidade”. Ouvindo de Abujamra que ele está diabólico, Muniz responde: “Abu, estou com 73 anos, falo o que eu quero. Depois que vi as estatísticas de que a expectativa de vida hoje é até 73 anos, falo o que me vier na cabeça”.
Lauro confirma a frase que disse certa vez, de que a Globo é mais religiosa que a Record. “É verdade. É só analisar o que está no ar atualmente. A Record fez uma novela bíblica, que não é religião. A Globo, ao contrário, está com minisséries e novelas todas voltadas ao espiritismo. Por que será? Eu não sei também”. Aliás, sobre sua relação com a TV de Roberto Marinho, ele diz: “Eu sou amado lá. Tanto pelos colegas como pelos atores. Todos querem que eu volte”.
Para o novelista, as telenovelas brasileiras precisam de reestruturação urgente. “As novelas estão se esgotando por má qualidade de conteúdo. Estou muito decepcionado com o que tenho visto de uns dez anos para cá. Mas deve haver uma reestruturação, porque a telenovela é a principal programação da tevê aberta”. Questionado sobre a importância da audiência, Lauro é direto: “Acho que cada vez mais confundem audiência com qualidade. Eu vivo dizendo isso há anos: a qualidade de conteúdo nada tem a ver com audiência e vice versa. Mas a televisão busca a audiência, insiste na audiência, só nela”.
Fonte: TV Cultura
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